Conheça a “Síndrome de Down” alteração genética dos cromossomos

Conheça a “Síndrome de Down” alteração genética dos cromossomos

Os seres humanos têm, normalmente, 46 cromossomos em cada uma das células de seu organismo. Esses cromossomos são recebidos pelas células embrionárias dos pais no momento da fecundação, 23 do pai e os outros 23 vêm contidos no óvulo da mãe. Juntos, eles formam o ovo ou zigoto, a primeira célula de qualquer organismo. Essa célula, então, começa a se dividir, formando o novo organismo.

Os cromossomos carregam milhares de genes, que determinam todas as nossas características. Desses cromossomos, 44 são denominados regulares e formam pares (de 1 a 22). Os outros dois constituem o par de cromossomos sexuais – chamados XX no caso das meninas e XY no caso dos meninos. 

Por alguma razão que ainda não foi cientificamente explicada, o óvulo feminino ou o espermatozoide masculino apresentam 24 cromossomos no lugar de 23, ou seja, um cromossomo a mais. Ao se unirem aos 23 da outra célula embrionária, somam 47. Esse cromossomo extra aparece no par número 21. Por isso a síndrome de Down também é chamada de trissomia do 21. A síndrome é a ocorrência genética mais comum que existe, acontecendo em cerca de um a cada 700 nascimentos, independentemente de raça, país, religião ou condição econômica da família.

As alterações provocadas pelo excesso de material genético no cromossomo 21 determinam as características típicas da síndrome:

  • Olhos oblíquos semelhantes aos dos orientais, rosto arredondado e orelhas pequenas;
  • Hipotonia: diminuição do tônus muscular, que faz com que o bebê seja menos rígido e contribui para dificuldades motoras, de mastigação e deglutição, atraso na articulação da fala e, em 50% dos casos, problemas do coração;
  • Às vezes, a língua é grande, o que, junto com a hipotonia, faz com que o bebê fique com a boca aberta;
  • Mãos menores com dedos mais curtos e prega palmar única em cerca de metade dos casos;
  • Em alguns casos existe excesso de pele na parte de trás do pescoço;
  • Em geral a estatura é mais baixa;
  • Há tendência à obesidade e a doenças endócrinas, como diabetes e problemas como hipotireoidismo;
  • Cerca de 5% dos portadores têm problemas gastrointestinais;
  • A articulação do pescoço pode apresentar certa instabilidade e provocar problemas nos nervos por compressão da medula;
  • Deficiências auditiva e de visão podem estar presentes;
  • Maior risco de infecções (principalmente as otites, infecções de ouvido) e leucemias;
  • Comprometimento intelectual e, consequentemente, aprendizagem mais lenta.

É essencial que bebês e crianças com SD sejam acompanhadas desde cedo com exames diversos para diagnosticar o quanto antes quaisquer anormalidades cardiovasculares, gastrointestinais, endócrinas, auditivas e visuais. Muitas vezes, o tratamento precoce pode até impedir que esses problemas cheguem a afetar a saúde do indivíduo.

Fonte: Movimentodown e Ministério da Saúde

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