Libertação e Renovação: o fim da agressão e o preconceito ao início de um novo amor

Libertação e Renovação: o fim da agressão e o preconceito ao início de um novo amor

Na manhã do dia 12 de março, terça-feira, a empresária e apresentadora Ana Hickmann, assumiu em seu perfl do instagram, o relacionamento com o chef de cozinha e apresentador de televisão Edu Guedes.

Na legenda da publicação feita em carrossel de fotos do casal, a apresentadora afirma “É sobre a transformação de uma amizade em amor, cuidado e carinho. É sobre se dar uma nova chance de viver as coisas mais lindas”.

O novo casal compartilhou um post com um breve texto e algumas imagens, incluindo uma que trocam beijos.

O casal recebeu muitos comentários de apoio e desejos de felicitações. Porém, alguns seguidores ficaram descontentes com a revelação.

Os dois trabalharam como apresentadores no programa Hoje em Dia, nos anos de 2005 a 2009. Edu Guedes ficou no comando do programa, sobretudo no quadro de culinária, até 2015, ano em que Ana Hickmann voltou.

“O que aconteceu comigo (denúncia de agressão contra o ex marido) foi um momento que trouxe a nossa amizade de volta”, declarou a apresentadora.

Após o anuncio, a ex-modelo sofreu ataques nos comentários da postagem, sendo acusada de trair seu ex marido, Alexandre Correa. Em outros comentários, alguns fãns alegaram ser “cedo de mais” para que a apresentadora assumisse outro relacionamento.

Notam que: quando uma mulher termina um relacionamento abusivo ou agressivo, espera-se que ela vivencie uma espécie de luto? Que se dedique exclusivamente à dor, aos filhos e ao trabalho. Ou seja, sua dor só é validada quando passa por esse martírio.

E se caso, essa mesma mulher, dar uma oportunidade para um novo amor, uma nova chance para a felicidade? Suas dores passam a ser deslegitimizadas. Há um fetiche social pelo martírio feminino. Por vezes, esse fetiche passa a ser recorrente no próprio público feminino. Onde deveria existir apoio, há a repulsa e o julgamento.

Para a sociedade, só poderia ser considerada uma mulher valorosa aquela que se submete a dor e a renegação dos próprios sonhos e desejos, pois esse seria o único caminho para a cura interior.

Somente a mulher que viveu um relacionamento abusivo sabe a hora certa de se envolver novamente ou não. Não existe “cedo de mais” ou “viver a dor”, quando a escolha do “o que fazer?” é apenas daquela mulher.

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