Chegada do Corona Vírus. Ruas vazias. Universidades fechadas. Escolas fechadas. Áreas de trabalho, fechado. Ora a cidade funcionando como uma enorme engrenem, ora a quarentena chegou.
“Serão somente quinze dias”, foi o que disseram. E atualmente no Brasil fará dois anos. Um vírus que veio devastando famílias, esperança e vidas. Hábitos mudados. Obrigados a se adaptarem. Muitas famílias não aguentaram, se separarão. Então, encontrava-se uma mãe solteira, onde não tinha mais o apoio para sustentar sua família, sozinha não aguentaria.
Esse foi um, de vários outros motivos que aconteceram nessa pandemia, e as mulheres por serem a linha de frente do coronavírus são as mais afetadas como professoras e enfermeiras, mas não somente nisso, também na economia do cuidado. Esse seria o maior setor produtivo da economia, com uma movimentação de dinheiro por ano amais que todos os outros setores produtivos do PIB de outros países. Essa carga extra que as mulheres tem como dever diariamente, não são contabilizadas, e isso se torna desigual em qualquer aspecto. As mulheres acabam cuidando da casa, dos filhos, dos marido… E para si mesma não sobra nenhum tempo.
Segundo os dados da ONU, 54% das mulheres na América Latina tiram sua renda do trabalho informal. Por isso, elas estão mais sujeitas a ficarem sem fonte de renda nesse período da pandemia. O impacto do coronavírus sobre as mulheres é evidente neste caso por elas serem as principais cuidadora da nossa sociedade.
E se pegarmos questões históricas e sociais, as mulheres já enfrentam isso há muito tempo, antes mesmos dessa crise. Atitudes sexistas se durante a atual realidade em que vivemos. Um levantamento foi feito pelo Instituto Patrícia Galvão, em 7 de dezembro de 2020, revela que 76% das mulheres já foram vítimas de violência no ambiente de trabalho.
Gritos e xingamentos; discriminação em razão da aparência, raça, idade ou orientação sexual; controle excessivo e críticas constantes; agressão física; elogios constrangedores; assédio e estupro. Estas são algumas das situações de violência, constrangimento e assédio vividas pelas brasileiras no trabalho.
36% das trabalhadoras dizem já haver sofrido preconceito ou abuso por serem mulheres; porém, quando apresentadas a diversas situações, 76% reconhecem já ter passado por um ou mais episódios de violência e assédio no trabalho.